sábado, 27 de março de 2010

Tempo de Pai


Um menino, com voz tímida e os olhos cheios de admiração, perguntou ao pai, quando este retornou do trabalho:
-Pai, quanto o senhor ganha por hora?
Num gesto severo, o pai respondeu:
-Meu filho, isso nem a sua mãe sabe. Por isso, não me amole, estou cansado.
Mas o filho insistiu:
-Pai, diga, quanto o senhor ganhar por hora?
A reação do pai foi menos severa:
-Três reais por hora.
-Então, o senhor poderia me emprestar um real?
Já cansado daquela conversa, o homem respondeu irritado:
-Então essa era a razão de querer saber quanto eu gaho? Vá dormir e não me incomode!
Já era noite quando o pai, por um raro momento, começou a refletir na sua atitude com o filho, e sentiu-se culpado. Talvez, quem sabe, o garoto precisasse comprar algo.
Para aliviar sua consciência, foi até o quarto do menino e, em voz baixa, perguntou:
-Filho, está dormindo?
-Não, papai! -respondeu o guri sonolento e choroso.
-Olha, aqui está o dinheiro que me pediu: um real.
-Muito obrigado, papai! -disse o filho, levantando-se rapidamente, e retirando mais dois reais de uma caixinha que estava sob a cama.
-Agora já completei! Tenho três reais. Poderia me vender uma hora do seu tempo?

Talvez você não tenha filhos e ache que isso não é com você.
Porém, com certeza você tem família. Será que nela não existe alguém que sente a sua falta? Olhe ao seu redor. Pode ser que seua amigos estão precisando do seu tempo.

Livro: Lições de Vida e Sabedoria
Pe. Adalíbio Barth - 2003





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